sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Espero ver sempre mais.

Pele e calção negros. Uma peça de roupa cobria o pedaço da grama em que estava sentado. E ali estava o homem, barba por fazer, pernas cruzadas e mãos apoiadas no chão deixando seu corpo exposto ao sol do meio-dia. A semelhança com uma praia talvez seja vista por ele pela água que passava a sua volta. Não sei bem qual o rio responsável por aquele trecho de água barrenta, mas sei que pessoas pescam ali. E ontem descobri que algumas, também ali, tomam sol. Se era porque em Cubatão não tem praia, porque tinha bebido ou porque queria que o instante que passei e vi a cena de dentro do ônibus se eternizasse, eu não sei. Mas sei que nada pode ser mais espontâneo do que aquilo.
Na quarta bati cabeça pra definir o que é cultura num processo seletivo e hoje achei a cena e a frase perfeita, tudo dentro do ônibus.

"Cultura é o que fica depois de se esquecer tudo o que foi aprendido"
André Maurois

ônibus - meu objeto de amor e ódio.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Qual a capacidade do seu crânio?

Com certeza alguma vez na vida você já foi chamado de cabeção. Cuidado! Se a sua capacidade craniana não estiver nos padrões dos homens (homo sapiens sapiens) você será certamente um perfeito objeto de estudos. Ainda mais agora que já existem dúvidas sobre o processo de evolução dos sapientes.

Novos fósseis indicam que o homo erectus pode não ter evoluído do homo habilis, como acreditava-se. Dessa forma, o que garante que não existem alguns homo sapiens andando ao lado de homo sapiens sapiens por aí? HA HA! Eu iria mais longe, tanto nas afirmações, quanto na cronologia. Acredito que os "hominídeos" que circulam por aí não passam de australopithecus com o crânio um pouquinho mais desenvolvido (os australopithecus tinham cerca de 700cm³ de capacidade craniana, enquanto os homos duplamente sapientes possuem cerca de 1400cm³).

Então surge a pergunta: Será a capacidade craniana proporcional à inteligência humana? A maquininha na qual registro esse texto tosco comprova isso. Mas às vezes, me parece que a nossa tal capacidade craniana é inversamente proporcional a tantas outras atitudes que deveriamos tomar além de tentar criar chip, chip e chip.

Me empolguei escrevendo porque quase pulei de alegria ao perceber que a cadeia evolutiva que ralei pra estudar no semestre passado em antropologia não é mais a mesma. Aff... haja cabeça! ^^'
Notícia: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u318721.shtml

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Ah... Tá cheio mas vou nesse mesmo!

Se ando rápido pensando no caminho que deixo pra trás só posso estar preocupada com uma coisa: Chegar no ponto antes do ônibus que pode virar a última esquina a qualquer momento.
Estar em casa em 45 minutos me deixou mal acostumada e pegar o coletivo em Cubatão com os peões me deixou ligeiramente triste. Mais eis que surge mais um sinal de que preciso olhar com bons olhos o grande transporte de carregar gente.
Você já se sentiu curioso com o livro que alguém ao seu lado estava lendo? Eu sempre me sinto assim. Mas nunca tive a pachorra de pegar o livro da mão da pessoa e ver o que era. É, foi isso mesmo que aconteceu.
Na busca do melhor lugar nadei contra a maré e fiquei no fundão, depois da porta pra evitar empurrões desnecessários. Abri meu livrinho, que nada mais falava do que de cultura segundo algumas teorias, ou seja, nada empolgante, e comecei a ler. Até que um gordinho que estava sentado no último banco falou alguma coisa sobre o pé dele pra garota ao seu lado, me preocupei porque minha mochila estava no chão, olhei pra cara dele e, ou a minha cara era de super simpática ou ele era doido mesmo, porque no que baixei a mão por causa de uma curva ele simplesmente me deu um sorriso e pegou o livro da minha mão pra olhar. o.O Como também não bato bem das idéias, esperei ele ver o que era, (questão de educação né? o.O) e quando ele me devolveu disse que tinha visto o título cultura e se interessado já que fazia teatro.
Pra resumir mais esse registro Piracicabano acabei conversando sobre várias peças de teatro e curtas com o Gordinho que falou até da V². Muito bom... =D

Ah... falando em V²...

Estão todos convidados para baixar no Cinemark no domingo dia 12/08. Todo segundo domingo do mês a ONG Vontade de Ver (V²), que atua com projetos relacionados ao audiovisual aqui na Baixada, irá se reunir na frente do cinema às 18h30, escolher um filme aleatório pra assistir e ir depois pro Chilli Pepers conversar sobre o filme.

Bora pra "Sessão Surpresa"?

*Lembrei de você Larissa, talvez você fosse gostar de participar com a gente!

Palavras egoístas.

"Atualmente, estamos deixando de reconhecer o outro como ser humano. Nos isolando cada vez mais e resistindo a um simples toque no ombro."

Para alguns a aula pode parecer a mais inútil do curso, talvez porque nela não é ensinado como memorizar uma determinada estrutura de texto te transformando num simples reprodutor de matérias, mas pra mim ela é a justificativa de uma escolha.

Mesmo quando escuto que por mais esforçada que seja posso não conseguir alcançar o que quero, ou que a droga da sociedade está infestada de "jornalistas" sem cérebro, ou mesmo aguentar os exemplos mais toscos para representar as melhores teorias, continuo achando a aula ótima. O problema é que a maioria não gosta de ouvir verdades.

É uma das aulas em que ainda escuto o professor falar, prende realmente a minha atenção, me faz pedir dica de livro depois da aula, dica de decisões de trampo, falar da melhor cerveja e desabafar.

A aula é fera e tenta enterrar os que não nasceram pra estar ali, e por isso me faz questionar sobre as minhas decisões e atitudes o tempo inteiro.

Mas eu não vou desistir. Eu estou naquela parte que quer achar um pulmão pra conseguir gritar.

Você não entendeu nada? Tudo bem, estou inserida na sociedade que cada vez mais deixa de reconhecer o outro como ser humano. Portanto, esse texto era pra mim! =)

sábado, 4 de agosto de 2007

ê Menina Polly

Gira gira gira..................................

...........................onde foi que eu parei?..............................
no seu lugar, ora!...................................................................
............................................................mas eu nem escolhi......
..............................................e quem disse que precisa?.....................
se é o meu lugar...............................................................
.............................................o melhor lugar pra você só Ele conhece
.................mas eu não gosto daqui.......................
..............................................mas isso vai te trazer uma lição....
...................poderia aprender em um lugar melhor................
..............................e esquecer dois dias depois...............................
....por que é sempre assim?...................................................
......................................porque só assim podemos crescer...........
.................................pelo jeito não tá funcionando......................
......................pra alguém sempre funciona..................
........................................ pra quem quem não funciona?............
.....ah!.......esse deve olhar em volta e começar a jogar..........
...................jogar o quê?...............................
o jogo do contente. alguns jogam sem saber, e ganham.....
................................ me ensina?.................................
olhe em volta, veja como seus problemas não são tão ruins.....
e comece a jogar.....

O jogo não se dá em ficar feliz pela desgraça alheia, mas em ver como o seu "problema" pode se resolver de forma menos "problemática". Redundante? Talvez... e essa mente aí que não pára de pensar na mesma coisa, também é? HUmmmm... Hora de jogar"