terça-feira, 29 de julho de 2008

Vai pagar quanto?

Foi virar a página e começar e cair na gargalhada! Quanto deve ter custado para a Folha de S. Paulo publicar este anúncio?

Durante dois dias – ontem e hoje – uma página iniciada com o logo de um jornal denominado O Paulistano, informava a morte do personagem Marcelo Fontini, da novela global A Favorita, escrita por João Emanuel Carneiro. Meia página de manchete, linha fina, retranca, texto, fotos, chamadas e até box estruturavam um conteúdo digno de estar exposto em revistas do tipo “leia aqui o próximo capítulo”. Exceto pelo fato de que o informe não tratava de capítulos futuros, mas de detalhar o que já aconteceu na trama da novela, que dizem ser das “oito”, mas que começa às 21h.

Admito aqui os motivos que me levaram a destacar esse informe publicitário dentro de um jornal que a cada dia tem mais páginas para anúncios: O sensacionalismo, o tamanho do espaço reservado e claro, o acompanhamento da novela. É, por mais que pareça desculpa, o horário da novela é o único momento em que a senhora noveleira minha mãe pára quietinha, e então, conseguimos trocar algumas palavras nesses meus dias de férias.

Percebi que estava assistindo demais quando meu irmão tirou sarro de uma das minhas frases durante a novela: “Nossa mãe, mancada da Flora, né?”. O infame rolava de rir no outro sofá: “Pra quem odiava novela... você tá indo bem!”, ele repetia. Mas voltando ao anúncio. Foi a primeira vez que vi algo do tipo. E acredito que tenha sido uma maneira de remediar um roteiro mal escrito, e totalmente sem direção.

Em casa, ao mostrar a página para minha mãe, meu pai perguntou: “Jornal novo? Onde você conseguiu?”. E aí, me pergunto de novo: quanto, mas quanto deve custar um anúncio que, além de rebaixar o texto jornalístico [pois apenas a forma remete a um jornal], confundi a imagem da empresa que o veicula, e se presta a corrigir, nas páginas dos jornais, possíveis falhas de um profissional que escreve para o público televisivo? Hein, hein?

>> scanner travado, fico devendo a imagem.
>> hoje, cotidiano - C11, FOLHA DE S. PAULO

domingo, 27 de julho de 2008

Você poderia arrumar uma chance. Arrumar porque ela poderia ser minha ou sua. Não há como saber. Será que nunca pensou sobre isso?

Eu penso muito, e cheguei até aqui. Sempre tendendo a arrumar o maior número de chances possíveis nessa minha vida maluca.

Cansada de ouvir o mesmo repertório, resolvi não ir mais ao show. Isso pode me fazer perder uma mudança de timbre, uma nova canção, ou o que é pior: o perfeito acústico das melhores canções tocadas antes da fama. O anonimato é o período de que mais sinto falta.

Mas acho que é melhor assim. E como boa aproveitadora de chances que sou: apenas acho que é melhor assim.

Só toque na minha rádio se for lançamento, sou péssima nisso, mas chegou minha vez de sintonizar. Espero poder te ouvir quando só estiverem tocando os antigos acústicos na minha cabeça.


Amanhã >> Latuya

Amanhã será talvez
Como nunca foi então
Sei que posso esperar
Amanhã talvez será

Amanhã o dia
Amanhã o céu e o mar
Tempo traz essa maré
Amanhã talvez será

O tempo vai parar
Assim mais uma vez
Com você aqui do meu lado

Um amor tão triste
Sua vida é esperar
Hoje aí sozinha
Amanhã talvez será

O tempo vai parar
Assim mais uma vez
Com você aqui do meu lado

sexta-feira, 25 de julho de 2008

evolução

o último a sair pode levar as botas, porque é por aqui que eu vou ficar. pelo menos por enquanto.

enfiada até o pescoço nos sons do manguebeat, coisas novas vêm ao meu encontro. e se estabelecem, veja!

fugindo para a ala dos loucos latinos brasileiros:

♪ - Na Confraria das Sedutoras, 3namassa
► Certeza

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Você Alguma Vez Viu A Chuva?

Alguém me falou há muito tempo
que há uma calmaria antes da tempestade.
Eu sei; vem vindo há algum tempo.
Dizem que quando terminar choverá num dia ensolarado.
Eu sei; brilhando como água.

Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva?
Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva
Caindo em um dia ensolarado?

Ontem e nos dias anteriores,
o sol estava frio e a chuva estava forte.
Eu sei; tem sido assim toda a minha vida.
E para sempre assim será
através do ciclo, rápido e devagar.
Eu sei; isso não vai parar, eu me pergunto.

Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva?
Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva
Caindo em um dia glorioso?

Yeah!

Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva?
Eu quero saber, você alguma vez viu a chuva
Caindo em um dia ensolarado?


>> Creedence Clearwater Revival

sábado, 19 de julho de 2008

pipoca, fone e silêncio

BELLA, foi esse o filme de hoje no Posto 4. José, chef de cozinha no restaurante do irmão, abandona a cozinha durante um dia movimentado para acompanhar uma funcionária que acabara de ser desperdida do restaurante. Eles passeiam por Nova Iorque e fazem de um dia que tinha tudo para dar errado, um recomeço para suas vidas. De impacto apaixonante, tem a edição como diferencial.

♪ - Donkey, CANSEI DE SER SEXY
► Give up
Evoluindo, acho.


az - Cem Quilos de Ouro, FERNANDO MORAIS
Aprendendo, certeza.

** Móveis Coloniais de Acaju - Brasólia
** O Livro Amarelo do Terminal - Vanessa Barbara

quinta-feira, 17 de julho de 2008

PROGRAMAÇÃO INTERROMPIDA

Quando terminei de ler O Apanhador no Campo de Centeio, percebi que a imensa narrativa se compara a uma introdução que simplesmente termina antes de tomar corpo.

São inúmeras as coisas que deixamos para trás antes mesmo de começá-las. Por isso não senti tanta vontade de matar o autor. O que me perturba mesmo é esse estado de abandono que vivencio de mãos dadas a mim mesma.

Terminar antes de começar é pior do que terminar e não finalizar? Pergunto a Protógenes Queiroz.

Aliás, acho até que ele foi afastado por causa da camisa da Polícia Federal totalmente manchada que usou na entrevista coletiva da Operação Satiagraha (Estava manchada, não estava?).

Afinal, não se pode manchar a imagem da nossa polícia. Acho.


>>Foto: Danilo Verpa/Folha Imagem

domingo, 13 de julho de 2008

Hein??? Feriado quando???

Ainda era tarde do dia 8 quando minha mãe me avisou que o dia seguinte — do preguiçoso mês de julho — seria feriado. Juro que usei as minhas péssimas lembranças de atrevida pauteira para lembrar o porquê do feriado.

Associo a fraca lembrança ao estado de dormencia que alguns remédios me haviam proporcionado, mas nem a agenda que eu tinha manipulado no dia anterior me faziam lembrar que bexiga de dia era aquele que eu passaria em cima da cama.

O pai Google entrou em ação e me mostrou o dia precioso ganhado com a derrota militar da Revolução Constitucionalista de 32. Mas por que diabos eu queria mesmo saber isso? Ah! Claro, estava de atestado.

Prefiro evitar os acontecimentos que se arrastaram, literalmente, até o fim de semana. Mas as coisas sempre podem melhorar e se tornar mais saudáveis... menos eu! Manos de malas prontas e vaga no carro, eu disse: VAGA NO CARRO, para viajar para Cananéia. E eu? Eu poderia ir e aproveitar a tão falada Festa do Mar!!! Poderia? Não.... não poderia.

Trocando em miúdos, é uma sorte que Deus benza. E eu espero que Ele benza mesmo!!!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

descanso

Sem eira nem beira rastejo a procura da alma perfeita

não de outra, mas da minha
perdeu-se ao lado do copo, na última tragada
do último vestígio branco de cantos iluminados

não pela mão de outro, mas pela minha
prometeu não mais voltar e assim o fez
deixou-me só com o vazio eterno que sinto
na mente, no corpo, e na alma

mergulhar no sono traz ânsias

derrota

preguiça

.

.

.

durmo

terça-feira, 8 de julho de 2008

Um pastelão diferentão

Hancock — minha visão sem fundamento

Um super-herói negro, já começa daí! o.O Estraaaanho!
uhauhauhauhauhauha
O filme é bom. Algo me surpreendeu. Entrei com um preconceito danadão. Achei que fosse ver vááááários efeitos, com planos abertos, tipo os super-heróis típicos! Mas os planos fechados que foram usados me encantaram. Quem assistir vai perguntar como pude. Mas é algo que gosto.
Achei até que foram as únicas dicas de um final que na metade passa a ser esperado, e nem combinou com o roteiro a maior parte do tempo, mas enfim!

Perceba que mulher forte tem olho maquiado escuuuro! auhauhauhauahuahuahuaha "Falha terrível!"

A mensagem é maneira, e serviu!

Agora é só esperar uma telinha nacional:

Era uma vez: Trilha perfeitona, basta ver se o filme também é.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Invertendo a pirâmide invertida

Encontrei um tópico sobre uma das minhas melhores professoras do Ensino Médio em uma das comunidades do Orkut. A responsabilidade no ensino, a severa forma de avaliação e o ato de lecionar Filosofia e Geografia não foram lá boas escolhas feitas por ela. Em escola pública de periferia, filosofia é a maior viagem que a maconha pode causar a alguém.

Tudo bem que seus métodos não eram dos mais agradáveis, mas a bagagem sólida dos meus zoniados três últimos anos no Armandão passam pela Marilena, insistem no Edílson - professor de Matemática, que me faz ter remorso até hoje quando me lembro da maneira que me olhou ao lhe dizer que faria Jornalismo - e se confirma com o Tortuguita - Nelson - chatolino danadão de gramática e redação.

No primeiro ano me tornei uma pentelha from hell que saiu do fundão para estudar. Havia decidido que era hora do vestibular, e procurava, dentro das possibilidades, me esforçar um pouquinho mais. Tirei a professora de Português de vários cafezinhos no corredor, fiquei algumas horas a mais estudando divisão com vírgulas – Cristo, em pleno ‘colegial’ –, mas aprendi; acho. Estudava Biologia como uma futura admiradora de ervas naturais, mas nunca pensei nisso para vida. Definitivamente, só curtia as mitocôndrias. Eu continuava as minhas eternas visitas esporádicas à direção, mas essas não eram por matar aula, mas por debater com a vice. Ela não gostava de mim.

Muita coisa aconteceu, e não aproveitei metade do que poderia. Penso que tenho amigos que não aproveitaram absolutamente nada. E sei que há destes que nem se importam com o fato. Mas hoje à noite, vi que o Senado aprovou um projeto que destina 50% das vagas das universidades federais para estudantes de escolas públicas. Não quero repetir que as medidas escolhidas são sempre erradas, que o caminho mais fácil não é o melhor e que se devem corrigir coisas erradas da base, e não do topo. O blá blá blá hoje vai ficar na minha historinha escolar. Da notícia, exprimo o seguinte comentário: Estudantes de escolas públicas utilizam 50% das vagas das universidades federais, e freqüentam dependências de 80% das disciplinas. Juro que sem preconceito, pessoal, o buraco é muito, mais muito, mais muuuuuuito mais embaixo!