segunda-feira, 23 de novembro de 2009

pai

Dói. Sonhei com eles me vendo apresentar o trabalho final da primeira fila. Um não pode. E se não posso ter um, é melhor que não tenha nenhum. Se escrevi um livro e amanhã (hoje na verdade) estarei apresentando para a banca examinadora do curso de Jornalismo, meu pai é o principal responsável. Ahh... meu pai que me comprou quadrinhos, revistas pré-adolescentes e enciclópedias. Meu pai que contava primaveras nos cartões de aniversário e lia minhas redações como o leitor mais crítico do mundo. Meu pai se esconde agora atrás de uma cortina chamada esquizofrenia. Olhar na primeira fila e não reconhecer aqueles olhos ia doer mais do que o que está doendo agora. Ver minha mãe sozinha, sem o homem que ela ainda ama, também seria péssimo. Aguento firme e agradeço ao meu grande velho, tudo, tudo, tudo o que ele representou, e ainda representa pra mim.

Obrigada pai! Amo, amo e amo.