domingo, 23 de março de 2008

Mercadorias e Futuro - Só o amor constrói

"Todos trabalham e todos têm acesso ao seu trabalho?"

Questionador e inflamador. De monólogo, só mesmo o único ser humano que ginga pelo palco em meio a fios e pedaleiras que direcionam luzes e sons magníficos.
Lirovisk conversa pernambucanamente com a platéia.

O espetáculo é uma estratégia de venda para o livro, ainda não lançado, de José de Paes Lira. O que encanta é a técnica usada para vender páginas que contêm apenas "poesias sobre o futuro" ou, profecias.

http://www.mercadoriasefuturo.com.br

sábado, 22 de março de 2008

Antes de envelhecer...

É tão estranha a maneira como as lembranças vão se perdendo no decorrer do tempo.
Aquele rosto antes tão vivo, vai se tornando opaco, e lembrar do traço marcante do rosto se torna cada dia mais difícil.
Isso faz com que eu não me arrependa de ter aquele dia te olhado nos olhos e te segurado durante alguns segundos. Só pra gravar com convicção cada cantinho do teu rosto.
Era véspera da partida. E você zombou de mim com teu sotaque arrastado como se estivesse ofendido com a minha sinceridade de dizer "é só pra não esquecer do teu sorriso".
Passados oito anos de ligações, encontros e desencontros... mal lembro dos traços que tanto me esforcei pra gravar. Mas não esqueço o brabo rapaz, que não pude fotografar.

Perguntas sem resposta.

Nunca me fiz tantas perguntas em um espaço tão curto de tempo. Perguntas que foram desde o fato de eu estar errada, ou o centro do mundo do avesso [o centro do mundo do avesso?? o.O... enfim...]. Mas não acredito muito que a ordem disso tudo irá alterar alguma coisa nessa altura do campeonato.

Como escrevi idiotamente uma vez: "De fato, os fatores são outros!" São aqueles que não permitem com que a atitude seja vista como a mais perfeita característica, a espontaneidade como um ato de sinceridade e as brigas como a melhor maneira de fazer as pazes! Quero falar, ouvir, discutir e chegar em algum lugar, ou não. Mas quero conversar, gritar.... Espernear, quem sabe...

Não importa em que distância do céu esteja, eu o vejo sempre lá. Em meio às nuvens, longe do toque, perto do mundo, longe de mim.

Visto-me de hipocrisia e falsidade, e busco a chave em outro lugar. Ela só abre salas erradas. O perfeito é sempre a pura presença que se está ao longe, nunca a que possuímos, nunca a que herdamos, nunca a que tocamos, nunca a que temos. Mas a outra, ahhhhh.... a outra! A outra é vistosa. Enche os olhos de alegria e faz o coração bater tão forte que tira de ritmo uma vida inteira.

Nessa escola não sambo, nesse bloco não passo. Guardo a nota narrada, e nunca vou esquecer que foi um dez redondo e merecido. Vou sempre esperar, que aquela que se aproxime do céu, possa aproveitar cada nuvem que nele exista. E que não pense que ao encostar nelas, não poderá mais sonhar e formar os desenhos que desejava. Quero para ela, os desenhos mais bonitos que imaginei pra mim. Com um diferencial. Que sejam completamente escritos pra ela.