domingo, 31 de agosto de 2008

Apagão trigésimo terceiro.
Tenho pencas de coisa pra fazer. É... prática! E fico me enganando com um monte de voltas teóricas! Odeio isso!
Continuo buscando a aline maria!

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Valendoo

Bem-estar?
Incongruente é o discurso de candidatos a vereador que defendem o bem-estar e a saúde da população, mas não se importam em deixar cabos eleitorais em pé por horas, debaixo de sol forte ou chuva, apenas para segurar cartazes de campanha. E pagando uma miséria por isso.

Publicado em A Tribuna - 29/08/2008.

Comentei sobre isso com a minha mãe no segundo dia de campanha eleitoral. Tudo bem que usei alguns termos que ela não aprova, mas é um absurdo. Tratar pessoas como postes, porque é proibido manter placas com aqueles dígitos idiotas é algo que só mesmo a vontade de garantir R$ 15 pode explicar. E não falo com arrogância e desconhecimento. Já entreguei muito panfleto por aí, de lojas, de políticos... Sim, de políticos! Mas não era tããããão tosco. Digamos que, só um pouquinho.

Vestir bonecos gigantes, segurar placas no meio da calçada e não conseguir explicar os projetos do cidadão para o qual você está fazendo tudo isso não é nem um pouco engraçado.

Tenho nojo das necessidades eleitorais, e medo dos nossos desejos imediatos.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Cartões amarelos

Esse está sendo um ano de se perder em medos; meus e alheios. Mais do que nunca tenho aprendido mais com os meus, e jogado a culpa sempre nos alheios. Isso era normal, enquanto não me incomodava e me fazia acordar com uma pomba desesperada no estômago, com mais um medo: o de levantar da cama e viver.
Pela primeira vez, talvez, esteja admitindo que a culpa seja toda e completamente minha. E não esteja colocando isso no calvário para o mundo ver e achar nobre. Mas ainda é difícil começar a consertar, colar as peças, sacudir a poeira, recuperar a moral... Esse tipo de coisa.
É triste pensar que parte da mudança é encontrar um equilíbrio que nunca existiu em mim. O da arrogância e da humildade. Mas acho que necessário mesmo é lembrar-se da responsabilidade.
Hoje uma série de vídeos me levou para o melhor ano dos meus vinte e dois (dois mil e quatro). Houve um resgate do olhar da menina que dentre os maiores medos, estava o de crescer. Sinto que essa menina perde a batalha sem ao menos procurar reforço.
Sinto ainda, que passou, e muito, do período de comprar minha própria panela de pressão. Acho que isso é o que mais me chateia. Preciso de motivação para trabalhar o suficiente e poder comprá-la. Mas a motivação mora em mim. Acho. Por que tão difícil achar?

domingo, 24 de agosto de 2008

Bom dia!

Coisa mais chata aquelas entrevistas de emprego. Se não bastassem elas, ainda há dinâmicas, desenhos retardados e redações de temas idiotas. Tudo isso, muitas vezes, pra te colocar atendendo telefone, e organizando arquivo. Tudo justificado pelo necessário processo de seleção.

Só de pensar nessa parte, acho que meu currículo já chega na empresa com tanta energia negativa que se destrói sozinho! Não antes das malditas organizações me chamarem e me deixarem com cara de "eu não estou interessada na vaga" quando começam com essa palhaçada toda.

Começo a ter certeza de que não estava brincando quando chamava a galera do cursinho pra vender coco na praia.

sábado, 23 de agosto de 2008

ainda pensando na aula de amanhã...

Hoje li um texto fofo do Paulo Leminski. O danado do texto estava no mural do corredor da facu, e me fez parar. Muito danado o texto, de fato. Vou deixar apenas um trecho...

a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela ? silêncio perpétuo

*_*

Depois disso foi ouvir o ariano me pedir pra parar com as dorgas.
Droga! Ele disse que viu nos meus olhos, acho mais fácil ele ter visto em minhas mãos. Enfim.
Mas o danado sabe me fazer parar e pensar com apenas uma única palavra.
Eita menino.

Danado, danado mesmo esse menino, de fato.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

me chama quando terminar

Se há uma pessoa que faz comentários sem sentidos, cá está! Ontem me avisaram que tenho mania de pobre. Pelo simples fato de achar inútil um celular que conta passos, que o Astra tem design tosco e recortado – preste atenção no “paralama” dele – usei esse termo porque meu máximo é bicicleta -- - e uma máquina que fica focalizando os rostos das pessoas, bem chatinha de mexer. (ufa)
É tudo desnecessário e fútil, assim como os meus comentários. Todos desnecessários e fúteis.

Ainda odeio os ipods que pedem dedinhos giratórios! (arg)

terça-feira, 19 de agosto de 2008

banho de lua [juro que não queria um título; juro]

Livre de pensamentos insanos, ela olhou para o céu; e a lua se desmanchou em infinitas estrelas.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Blá, blá bláster!

A conversa era baixinha, algo entre timidez e discrição. Embora ele parecesse um daqueles que se tornam obcecados por tudo o que começam a fazer; tentava, sutilmente, encantar e convencer a menina. Ela observava o tênis surrado, e volta e meia o encarava nos olhos.

— Hoje você pode tentar Enem, bolsas de estudo... Pode ir pensando nisso! - Ele dizia sorridente com um livro que poderia tanto ser um daqueles enormes códigos de Direito, quanto aqueles, não menos paginados, atlas de Biologia.

É tão gostoso ver olhos negrinhos brilhando de ansiedade e esperança.

Conselheiro Nébias, 14 do mês doido de 2008.
Circular 02 - Em busca de acentos!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Uma mesa de bar

Quando tirar o fone vale à pena...

O "cardume" de crianças com bochechas rosadas deixavam a escola correndo. Na porta de um boteco, mexeram com a cachorrinha que habitava o lugar:

— Ahhhhhhhhh! - gritaria e mais correria quando a cachorra começou a latir atrás deles.

— Eeei! - disse um velho sentado à mesa com outros três beberrões. Dando tapinhas na cadela, ele falou:

— Eles são o futuro do Brasil, sua vaca!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Pra sempre meninos

Tiros! Quem já ouviu consegue distinguir o barulho de um, ou de 15. O lugar onde moro já me deu a oportunidade de ouvir muitos, observar de perto os resultados, contar cápsulas e buracos em muros, correr do lugar errado na hora certa, e dormir fora de casa por não poder entrar mais na rua.

Eu tinha sete anos quando ouvi os primeiros, foram três. E o resultado foi um homem caído com o rosto na lama. Minha mãe nos pegou pelo braço e nos levou ao lado do corpo. Depois que saímos de perto das pessoas, ela disse:

- Espero que isso mostre a vocês o caminho que nunca devem seguir.

Ela poderia ter feito aquilo em outra ocasião, porque foram muitos os corpos retirados daquela rua, e dos arredores, nos anos seguintes. Matavam bandidos, traficantes e usuários com dívidas. Mas também morriam amigos de infância, que por mais que eu tentasse, deixaram de olhar nos meus olhos quando escolheram o crime. Morriam amigas, irmãs de criminosos, por mera vingança.

Nesse fim de semana, morreram três. Três meninos que recebiam meus cascudos, xingamentos e piadinhas na rua. Dois deles, irmãos, ainda menores de idade. E o que mais participei do “crescimento”, com 19 anos.

O sentimento é tão normal que se torna estranho.

Quando chegavam os recados para tirar as crianças da rua, não agíamos desesperadamente. Simplesmente, passávamos a prestar mais atenção nos estranhos vestindo casacos enormes e nas motos que viravam a esquina.

Aliás, o homem que desceu da garupa de uma dessas motos gravou em mim uma cena inesquecível: o fogo saindo de uma arma. Foi a única coisa que vi segundos antes de correr. Desse tiro, não lembro do barulho, a imagem foi tão forte que anulou minha audição.

Depois do primeiro, mais 10 tiros fizeram a vítima correr uns 15 metros, passando onde estávamos eu, meu irmão e a namorada dele. Nesse dia a tragédia passou muito perto: um tiro atingiu o pé da minha cunhada. O homem, conhecido de todos nós, caiu. Sua camisa era amarela, mas estava completamente tingida de vermelho quando foi colocado no horroroso caixão do IML.

Nós todos vivemos tudo de muito perto. Fico pensando se essa normalidade invadiu a mente daqueles que cresceram comigo, e que mesmo vendo os resultados, persistem em escolher o caminho errado.

domingo, 3 de agosto de 2008

Teste de paciência

Era isso que eu estava fazendo tentando ler no meu quarto com porta, janela e cara fechada. A culpa é de um boteco na esquina da minha casa que decidiu subir ao status de "casa de show". Ainda não entendi muito bem o porquê, já que a casa é um espaço ocupado por uma mesa de sinuca, as caixas de som ficam na calçada - viradas para a rua - e o show é a voz horrível de um cantor de forró acompanhado daquele tecladinho maldito. Outra característica que mostra que "casa de show" não é o nome mais adequado para o lugar, é que são 18h39 de domingo e o infeliz já está cantando.

Há algum tempo não era tão ruim, afinal, antes do boteco, o lugar era ocupado por uma igreja evangélica, que conseguia oferecer cultos mais barulhentos que as reuniões do centro espírita que fica na frente da minha casa. O centro parava com os batuques na hora certinha, mas a irmandade varava a madrugada, e invadia até mesmo o barulho dos feirantes que começavam a preparar os caixotes para carregar o caminhão do dia. Eles moram na casa que fica do lado da Bastiana, que mora ao lado da Bila, que mora ao meu lado.

Eu deveria estar acostumada com o barulho, não? NÃO! Porque quando estava lendo o mesmo parágrafo pela terceira vez, a voz do cantor infame bradou:

- É isso aí pessoal, vamos hoje até umas três da manhã, hein!

Foi o meu limite! Elaborei minha estratégia de denúncia. Alvará, decibéis... Alguma coisa vai ter que me ajudar a calar a voz que nem sei bem se está lá ao vivo, ou se é reproduzida de um CD gravado em algum inferninho ainda maior.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Para quem pensa que entre o copo meio cheio, e meio vazio, o melhor é tê-lo pela metade.

Sim, solteira.
Sem você não passo frio,
É quando estou com você que não paro de tremer.

Sem você não perco o juízo,
É quando escuto tua voz minha que minha mente bate rápido e meu coração raciocina.

Sem você não morreria,
As chances de te tocar se perderiam para sempre.


Veja... é melhor deixarmos tudo como está.