quarta-feira, 27 de junho de 2007

Resultado Surreal

A falsa sensação de participação pela qual passamos hoje pode ser facilmente percebida. Deixei de ler, ver e ouvir noticiários nas últimas semanas, e a única coisa da qual senti falta foi da participação nas conversas banais que reproduzem as frases ditas pela imprensa todos os dias. Talvez aqueles que lutam diariamente pelas ações em pequenas comunidades não tenham essa sensação. Mas os idiotas que lutam para garantir a média nas notas da universidade....
Será que sempre foi assim? Afinal, quem administra esse país? Não cabe a mim falar dos senadores, deputados e outros filhos da puta. Mal sei o que exatamente eles deveriam fazer em suas funções, que dirá o que eles fazem lá.

É... Esse é um dos problemas, senão o maior deles. Esperamos que os responsáveis pela organização dessa zona façam sua parte, mas continuamos a esperar por algo que não vem, que não sabemos de onde vem, e nem como deveria vir. Então, não cobramos.

A distância do que exatamente pode ser tocado para gerar mudança é infinita. Cada vez trabalha-se mais para mudar o pouco que representa cada vez menos a realidade.
Preciso entender melhor a "Aldeia Global" de Mc Luhan para conhecer bem o conceito que de forma indireta acabo culpando, e que infelizmente não faz muito sentido.

Ter noção dos acontecimentos mundiais lhe dá a idéia de que você, de alguma maneira, faz parte disso. Mas conhecimento não é participação, e participação sem conhecimento inexiste.

É querer demais mexer no topo do poder? É querer demais explodir tudo e recomeçar?
Porque nesse exato momento, pra mim, a sociedade parece uma enorme equação. Daquelas que você não sabe se deve primeiro fatorar, tirar os parênteses, colchetes ou chaves. E o pior de tudo, é que por mais que se tente, existe a certeza absoluta de que desenvolvida da forma que está, pode haver maioria positiva ou sinais iguais. Não importa, o resultado final vai continuar gerando um sinal negativo.

Alguém joga uma borracha?

terça-feira, 26 de junho de 2007

Subentenda!

É final da década de 60.
Sexo, drogas, música, cores e uma ideologia aqui e outra ali. o.O
Quem se importa com as flores?
Ou com as armas?

Quem viveu nesse período talvez sinta náuseas todos os dias ao sair de casa.
Ou não...
Sinto náuseas por não ter vivido o tempo deles.
Qualquer luta por mais que se perdesse seria mais compensadora do que sentar e esperar o tempo passar por cima de nós.
O comodismo pós-moderno transtorna e carrega pra outra área mental. Lá, não se é possível pensar em combater as idiotices do dia-a-dia.
A próxima guerra será algo como "a batalha dos ipod's".
Fodam-se os ipod's. Nem botão de ligar e desligar essas drogas têm. Assim como todo o resto dos aparelhos. A tendência é tudo estar subentendido.

Subentende-se que você subentenda que aquele botão central faz todas as espécies de funções positivas. Subentende-se que você subentenda que passar o dedo sobre algo que parece mera decoração vai fazer o arquivo adiantar ou retroceder de acordo com a roçada do seu dedo. Isso se o botão central não tiver acionado positivamente outra função que fará o mesmo botão de rolar o dedo se tornar o seu controle de volume. Isso sem falar de a maioria dos botões que acionam as funções de negação e volta se localizarem no lado esquerdo do aparelho. Isso também deve estar subentendido. Afinal, você nunca percebeu que se o não tem um lado esse lado é o esquerdo? E se no celular ele está vermelho não é preciso mais nada. Símbolos, ícones e sinais. É só do que temos vivido. A besta aqui quer um mapa pra mexer no ipod....

"Besta é tu.
Não viver nesse mundo, se não há outro mundo. "

Os apelos por subentendimento são tão comuns que já perdi as contas de quantos fiz aqui.

Subentenda ou finja que subentendeu. Na verdade não vai fazer muita diferença. Acho!