sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Pensemos antes!

Status: Bestificada
Motivo: Notícia
Título: “Boneco da reconstituição de queda em Guarulhos é o mesmo do caso Isabella”
Legenda: “Boneco sofreu adaptações, segundo o Instituto de Criminalística, para ser utilizado na simulação em Guarulhos”

[Se fosse um Notícias Populares, o boneco já era o novo Chuck]

Pára tudo! Alguém pode me dizer que porra de notícia é essa? Eu achei que tinha visto o suficiente por hoje quando liguei a televisão e a Ana Maria Braga estava usando uma farda camuflada do exército e óculos de grife para “cobrir” os acontecimentos em Santa Catarina.
Geeeente! Pelo amor do nosso sinhô – senão do meu, daquele que vocês acreditam – mas vamos parar de escrever, falar e filmar conteúdo jornalístico ridicularizado?

Detalhe
A produção que conseguiu a farda com o nome da global, esqueceu algumas coisinhas, como informar a apresentadora de que uma das pessoas que ela estava entrevistando havia perdido pessoas da família e não a casa!!! É claro que depois da surpresa não faltaram perguntas estruturadas do tipo: Como foi? Foi de repente? Como você se sente? E agora? E 2009? Ahhhhh, puta que pariu! Não deve ser fácil fazer matéria em cima desse tipo de coisa, mas agir feito idiota já é um pouco demais!

Meu irmão mais pra lá do que pra cá tentou argumentar: Ah! Mas só apelando que é possível sensibilizar as pessoas para que elas colaborem (aliás, para ajudar, procure a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e outros órgãos de segurança da sua cidade). Mas será que as imagens que eu tenho visto durante todo esse tempo precisavam de voz para sensibilizar alguém? Tenho minhas dúvidas. E para informar que a reconstituição do caso de Guarulhos foi realizada, precisava usar o gancho do boneco? ?

O gancho que nós precisamos deve ser aplicado no queixo, de baixo pra cima. Com a força do estrago que nós, pseudo jornalistas, podemos fazer na sociedade!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Bom dia freguesa!

É sempre por volta das quatro horas da manhã. No sábado, que tem feira aqui perto, o caminhão liga antes mesmo das três. Hoje o boteco da esquina tocou forró a tarde inteira. A Dilu dançou de capacete com o coroa barrigudo no meio da rua, depois pegou a bis e saiu pilotando toda contente. Talvez já um pouco alta por causa da cerveja. A farra durante a tarde deixou a noite silenciosa, o que me fez escutar melhor o barulho do caminhão. O forró geralmente me incomoda, mas acho que eles preferem quando a música está bem alta. Quando fazem festas, é possível ouvir o som de longe. Dançam alegres no galpão que construíram para estacionar o veículo.

Estou sempre dentro de casa, mas imagino como começa o dia dos feirantes que moram aqui ao lado. Ainda com o rosto amassado do lençol, devem carregar as primeiras caixas com certa lentidão. Eles não são muitos. Conheço dois, mas sempre aparecem outros ajudando durante o dia. Talvez o mesmo aconteça de madrugada. Ou não. Depois de diminuir duas pilhas de caixotes, começam a suar e tiram a camisa. Deve ser nessa hora que começam a falar mais alto. Não posso entender as frases, mas como uma mudança, deve haver sempre alguma coisa que não deve sair do lugar, ou ser colocada acima, abaixo.

Durante o dia, a casa onde vivem pode ser vista do começo da rua. Mas da calçada deles só é possível ver uma das esquinas. Os caixotes fecham a visão do outro lado, e funcionam como uma parede de madeira que se estende do portão até o meio fio. As crianças que saem das vielas para brincar se aproveitam, pegam quatro caixas mais acabadinhas e montam seu campo de futebol improvisado.

Certa vez, houve uma guerra de tomates. Deveriam estar mesmo muito podres, pois nunca vi frutas ou legumes jogados fora por aqui. Se não foram recolhidos após a chepa pelos que não podem ser fregueses na feira, de certo não deviam mesmo prestar mais. Foi uma algazarra.

Imagine a trabalheira de montar uma barraca de feira: carrega caminhão, monta barraca, descarrega caminhão. Tudo pronto até as oito horas? Não sei bem a hora que começa uma feira. Minha mãe sempre foi depois das dez. Mas parece que hoje em dia o horário da chepa mudou para depois das onze. Também não sei a hora que termina. Mas o cheiro da barraca de peixe permanece na rua durante toda a tarde.

Depois de deixar os melhores produtos na frente da barraca, começam as vendas. Tudo isso para montar um mercado que só dura uma manhã. Não sei quantas feiras eles fazem. Aqui por perto tem no sábado, na quarta e na quinta. Mas eles devem fazer a mesma coisa nos bairros vizinhos. Ou até mesmo mais longe.

Alguém me falou, li em algum lugar ou simplesmente inventei, que todo mundo quer ter a feira o mais perto de casa, mas nunca na frente dela. E quem tem a feira dentro de casa? Eles têm. E me parecem felizes com isso. Aliás, já perceberam a diferença no olhar de um trabalhador que sua, literalmente, para conseguir uma remuneração? Percebam! Não existe a névoa dos que atendem filas por aí, com suas cadeiras de rodinhas e minimizando janelas quando a porta bate. O suor traz uma sensação de dever cumprido, de esforço, de ter valido a pena.

sábado, 1 de novembro de 2008

Nada de dia das bruxas aqui!

Hoje passei em frente a uma loja de artigos para bebês. Cruzes! Achei a loja linda, fofa... Enfim, fiquei babando. Será que há mesmo uma idade em que o ser humano começa a procurar um galho mais alto na árvore, levar palha e fazer o ninho? Poxa vida, nem cheguei na floresta!

Devaneios a parte, o Lee continua formulando uma cabeça para o blog, e eu estava com saudade demais pra ficar aguardando.

Metrô adiado – Reunião no nível do mar.
Diversão adiada – duas análises de vídeos.

Isso será apagado sem a menor sombra de dúvidas!

Ah! O DVD da Maria Rita está quebrando a banca. Eu não gosto dela... mas admito. A danada ta mandando bem pencas!

beijosenadadessaputariadeligarpraláepracá