Ulay, percorrendo a Muralha da China em caminhos opostos para se encontrarem e, então, terminarem o relacionamento.
Voltando ao vídeo em que o casal se reencontra na performance, a emoção dela é tão latente, que invade os pulmões, a garganta e, no meu caso, os olhos, porque chorei copiosamente. E embora o vídeo ao qual eu assisti fosse apelão (estava tocando The Scientist, do Cold Play), acho que chorei mesmo por imaginar tudo o que podemos pensar durante um minuto encarando, em silêncio, alguém que já amamos um dia.
É engraçada a relação que tenho com o amor quando consigo apenas observar. É bonito. É romântico. Doce. Terno. Quando me aproximo dele, geralmente a coisa muda de figura. Não que se torne ódio, mágoa e rancor. Mas é sofrido. Desgastante. Pesado.
No mesmo instante em que me emociono com as histórias lindas de amor e cumplicidade, me pego pensando que elas não existem, que estão extintas, e que é impossível alguém vivenciar isso hoje. Mas no momento seguinte suspiro pensando que quando encontrar a minha história poderá ser tão encantada quanto a que li, vi ou ouvi.
Estou em um ano romântico. Daqueles que você acha que alguma coisa vai acontecer. Já tive alguns desses na minha vida. Algumas coisas aconteceram. Arrebataram. Uns dizem que nesses casos “não é amor, não; é paixão”. Eu digo que foram amor sim. E que o dia que encontrarem o conceito absoluto de amor, patenteado, daí sim eu mudo de ideia. Até lá, continuo amando do meu jeito; a torto e a direito.
Cara, acho que foi a Larissa quem me falou dela, ó.
#MarinaAbramovic #Interestelar #MassimoBottura
Nenhum comentário:
Postar um comentário