terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Blade Runner, o Caçador de Andróides

crítica de cinema (2008)

Embora o filme Blade Runner (O caçador de andróides) tenha sido lançado em 1982, muitos elementos podem ser trazidos para a realidade que vivemos atualmente, ou que podemos vivenciar em um futuro bem próximo.

A extinção da natureza, e de espécies de animais, e o crescimento da poluição relembram os cuidados com a ecologia que começaram a se intensificar nos últimos anos por motivos óbvios. A consolidação do sistema capitalista, demonstrado pelas publicidades iluminadas em grandes prédios, foi prevista no filme. Utilizando a imagem da Coca-Cola, uma empresa que se espalhou pelo mundo.

Um dos fatores mais interessantes no contexto de economia de mercado é a utilização de chineses nas imagens de cunho publicitário. Hoje, a China é vista como uma forte potência econômica o que demonstra uma coincidência interessante ou um feeling perfeito do diretor. Ainda com referência à China, é apresentada uma mistura de raças, que pode ser associada à facilidade que temos hoje de romper fronteiras com a internet, por exemplo.

O avanço de tecnologias não poderia ser deixado de lado. Máquinas que realizam leituras de retina não são mais ficção científica para nós, ao contrário dos carros voadores.

Mas a "tecnologia" que ainda não conhecemos, responsável pelo enredo do filme, são os replicantes - clones humanos adulterados geneticamente para serem mais fortes e viverem por apenas quatro anos.

Além de os replicantes participarem de viagens interplanetárias - também realizadas pelos humanos no filme - eles são essenciais na construção do personagem principal: Deckard (Harrison Ford) deve caçar os replicantes que se rebelaram para viver mais que os anos programados. E é na relação com os andróides que o personagem de Deckard vai sendo construído.

Em uma de suas críticas de cinema, Marcelo Janot questiona se BladeRunner é um filme sobre "andróides que se humanizam ou sobre seres humanos que ficam cada vez mais parecidos com andróides". Acredito que manter a dúvida foi um dos objetivos do cineasta Ridley Scott.

*Publicado no wiki do Clube da Escrita

2 comentários:

Da Silva disse...

Filmaço! O foda é que toda semana sai um "director's cut" novo. Eu já nem lembro mai scomo era a versão original.

Mas vale uma corridinha até a locadora.

Boa dica.

Cruela Veneno da Silva disse...

eu nuca vi